A Secretaria de Estado da Educação (Seduc) implementou novas estratégias e diretrizes sobre o regime especial de aulas da Rede Pública Estadual de Ensino do Piauí, durante a vigência do decreto emergencial de combate à Covid-19, com o intuito de garantir o ano letivo de seus estudantes.

De acordo com o secretário de Estado da Educação, Ellen Gera, este será um regime especial para o momento da pandemia. “Estamos retornando nossas atividades pedagógicas com todos trabalhando juntos em busca desse vínculo com nossos estudantes. Todos estão em casa, ansiosos, com dúvidas, com receio de como terminarão o ano letivo e esse é o momento de todos trabalharmos juntos em busca da aprendizagem e da formação cidadã e humana dos nossos estudantes. Vamos garantir, de forma colaborativa com toda a rede para que a gente consiga de forma ampla, esse direito de ensino e aprendizagem. Vale a criatividade e a inovação dos professores. Nós emitimos a portaria criando as diretrizes, mas acreditamos que o trabalho coletivo nos ajudará a encontrar a melhor alternativa de cada escola”, afirma.

O Plano de Ação Pedagógica surgiu da necessidade de reorganizar as atividades escolares no retorno das férias e/ou da aprendizagem em face da suspensão das atividades presenciais. Ele orienta as escolas da Rede Pública Estadual de Ensino, em caráter de excepcionalidade e temporalidade, enquanto prevalecerem as medidas de isolamento previstas pelas autoridades sanitárias na prevenção da Covid-19, sobre o regime especial de aulas não presenciais, o Planejamento Estratégico para o pensar, ações emergenciais para o atual momento, condizentes com as etapas/modalidades de ensino no período determinado pelo Decreto Governamental.

No Ceti Raldir Cavalcante, zona Sudeste de Teresina, o diretor Carlos Eduardo disse que será trabalhado todos os grupos de WhatsApp que foram criados na escola, desde aqueles das salas de aula, professores, pessoal administrativo e pais de alunos. “Através desses grupos iramos fazer nossas conferências, nossos vídeos, nossas reuniões. Além disso, também iremos passar, por meio de uma plataforma que ainda está sendo concluída, todas as atividades para que a gente não perca esse ano letivo. Para isso, precisamos da ajuda e do apoio de todos os envolvidos”, afirmou.

A carga horária correspondente aos dias letivos será realizada por meio de atividades não presenciais/domiciliares, utilizando estratégias de ensino e acompanhamento da aprendizagem de forma remota, organizando aulas não presenciais, por meio de orientações dos professores e dos gestores escolares. Nesse momento, faz-se imprescindível o exercício da autonomia e responsabilidade das unidades escolares, respeitando-se os parâmetros e os limites legais. O ensino remoto trata da experiência de ensinar a distância, com o suporte de tecnologias ou não, tanto para disponibilização de conteúdo quanto para acompanhamento dos estudantes em suas atividades propostas. Por esta razão, é imprescindível a necessidade de acompanhamento e registro por parte dos professores e gestores.

Mariné Ribeiro, gerente da 13ª GRE, disse que os alunos toda semana terão um roteiro de atividades, com isso devem reservar o horário de estudo. “Eles devem fazer as atividades normalmente, os professores daquelas disciplinas que estão sendo trabalhadas ficarão em casa à disposição do aluno, para que quando o aluno tenha alguma dúvida, o professor possa tirá-la, o aluno pergunta no grupo do WhatsApp e o professor resolve. Assim, o aluno faz a sua atividade e envia para o e-mail do professor. Se o aluno não tiver internet, será combinado uma forma de entrega do material. É importante que os pais estejam atentos e acompanhem as atividades dos seus filhos pois a escola trabalhará até o dia 30 dessa forma e os estudantes serão avaliados com nota e frequência”, comenta a gerente.

A escola deverá reprogramar o Calendário Escolar e elaborar um Plano de Ação Pedagógica com atividades não presenciais/domiciliares, com a indicação de registros, cumprindo as seguintes diretrizes, propor formas de realização de efetivo trabalho escolar, em articulação com as normas e a legislação vigente, na perspectiva de que os professores devem se organizar para planejar atividades a serem trabalhadas com seus alunos de forma remota, pondo-as em prática. O Plano de Ação Pedagógica deve priorizar o desenvolvimento das atividades não presenciais propostas pelos professores de acordo com as orientações da Seduc para atender ao período emergencial.

Um material específico deve ser preparado para cada etapa e modalidade de ensino, com facilidades de execução e compartilhamento, como: vídeo aulas, conteúdos organizados em plataformas virtuais de ensino e aprendizagem, redes sociais e correio eletrônico. Cada escola terá a liberdade de preparar da melhor forma o seu plano.