O defensor público geral do estado do Piauí, Erisvaldo Marques dos Reis, participou, na última quinta-feira (22), de reunião articulada pela Defensoria Pública do Estado da Bahia com o biólogo e imunologista Gustavo Cabral de Miranda. O encontro virtual também contou com a participação do Colégio Nacional dos Defensores Públicos Gerais (Condege), na pessoa de sua presidente, Maria de Napólis; da subdefensora pública geral da DPE-CE, Sâmia Farias; do defensor-geral da DPE-MS, Fábio Rombi e do defensor-geral do Rio de Janeiro, Rodrigo Pacheco.

Durante o encontro, foi sugerida a criação de um comitê científico de combate à pandemia para unir o conhecimento de cientistas com a atuação jurídica da Defensoria Pública. O objetivo da articulação da Defensoria é encontrar solução viável para aumentar o percentual da população brasileira imunizada contra a Covid-19, considerando-se que completando-se três meses do início da vacinação, com a aplicação de duas vacinas, apenas 13% da população total recebeu a primeira dose dos imunizantes e somente 5% da população recebeu a segunda dose.

Gustavo Cabral é imunologista PhD pela Universidade de São Paulo (USP), com pós-doutorados em Oxford, na Inglaterra, e Berna, na Suíça. Baiano da cidade de Tucano, no nordeste da Bahia, ele lidera pesquisas de desenvolvimento de vacinas contra o Coronavírus no Instituto do Coração (Incor), em São Paulo. Também pesquisa vacinas para chikungunya e zika vírus no Departamento de Imunologia do ICB-USP. Durante o encontro ele falou sobre sua experiência no desenvolvimento de vacinas, explicou o quanto os testes são fundamentais e que enfatizou que só a vacinação poderá reduzir o alto número de casos, também destacou o papel da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no registro dos imunizantes. “O que queremos é ver menos pessoas morrendo, mas, para isso, é preciso ter boas práticas laboratoriais, seguir as normas e respeitar a soberania da Anvisa”, explicou o imunologista, que também sugeriu a criação de um Comitê Científico de combate à pandemia, unindo o conhecimento de cientistas com a atuação jurídica da Defensoria.

O defensor público geral da Bahia, Rafson Saraiva Ximenes, ao se manifestar no início da reunião, falou dos objetivos do debate. “Estamos buscando o apoio da ciência para fazer com que a vacina possa chegar a mais brasileiros e fazer com que toda a nossa população seja imunizada contra o coronavírus”, anunciou.

O defensor público geral do Piauí, Erisvaldo Marques, destacou a importância da imunização chegar ao maior número de pessoas. “A imunização, aliada a todas as medidas higienicossanitárias já conhecidas, é o principal passo para que possamos sair dessa situação tão dramática que tem ceifado a vida de inúmeros brasileiros, independente de idade ou classe social. A Defensoria Pública valoriza a ciência e defende que todas as articulações necessárias sejam feitas para que os imunizantes possam, em menor espaço de tempo, chegar a mais pessoas. Entendemos ser necessária a tomada de posições imediatas para que não vejamos o atual quadro se agravar ainda mais e vamos cumprir o nosso papel de agentes públicos responsáveis, no enfrentamento a essa pandemia. Para a Defensoria Pública toda vida importa”, afirmou.

Também estiveram presentes ao encontro pelo estado da Bahia, a Subdefensora-Geral, Firmiane Venâncio; o diretor da Escola Superior da Defensoria (Esdep), Clériston Macêdo;  o coordenador da Especializada Criminal e Execução Penal, Pedro Bahia; o coordenador da Especializada de Fazenda Pública, Virdálio Senna Neto e do Defensor Público que atua no escritório de representação da DPE/BA em Brasília e que lida com os processos que tramitam nos Tribunais Superiores, Hélio Soares Junior.

 

Fonte: DPE/BA com adaptações