O governador do Piauí e presidente do Consórcio Nordeste, Wellington Dias, dialogou na manhã desta quinta-feira (28) com demais governadores do Brasil para tratar da compra de 54 milhões de doses da vacina Coronavac, fabricada pelo Instituto Butantan. Caso o Governo Federal, por meio do Ministério da Saúde, não faça a compra, a aquisição das vacinas será garantida pelos estados.

O governador contou que o objetivo é garantir a execução do plano nacional de imunização. “Queremos um contrato firme entre o Ministério da Saúde e o Butantan para a compra de 100 milhões de vacinas. Já está garantido a compra de 46 milhões e os outros 54 milhões de doses, se o Ministério não comprar, os estados compram. Queremos essas vacinas para o Brasil e assim”, detalhou.

De acordo com Wellington Dias, o trabalho do Fórum dos Governadores também está centrado na entrega do 3 milhões de doses da Coronavac pelo Butantan, previsto para o dia 3 de fevereiro. O governador quer que seja estabelecido um cronograma de distribuição dos imunizantes para permitir que os estados utilizem as vacinas já existentes na aplicação da segunda dose. “Com o cronograma de entrega definido, os estados poderão começar a se organizar para a segunda dose com as vacinas que já temos”, explicou o chefe do executivo estadual.

Ainda, em conversa com os governadores, Wellington Dias pediu que medidas mais duras sejam tomadas a fim de conter a transmissibilidade da Covid-19. O gestor sugere que mais estados do país adotem medidas para os próximos dias. O Governo do Piauí publicou um novo decreto (n⁰ 19.445, de 26 de janeiro de 2021) com o objetivo de controlar a transmissibilidade da Covid-19 no estado e as determinações vão até dia 21 de fevereiro, elas incluem a proibição de festas de carnaval.

“Defendo que essas ações restritivas sejam realizadas no Brasil inteiro. Aqui no Piauí, achamos por bem adotar medidas mais duras porque vimos um crescimento acelerado dos números e de ocupação dos leitos nos hospitais. No Nordeste, já são sete estados que estão se posicionando para evitar um possível colapso na rede de saúde. O objetivo é agir preventivamente e cortar a transmissibilidade para diminuir a pressão sobre a rede hospitalar enquanto buscamos mais vacinas”, disse o governador.

Pelo menos 14 estados brasileiros, segundo o governador, já aderiram à iniciativa. “Conversei com alguns governadores e muitos estão alinhados em fazer a dosagem de restrições adequada à sua realidade. A ideia é quebrar a transmissibilidade para que um estado ou outro não extrapole e depois entre em colapso. São medidas que afetam o social, o econômico e não é justo apenas um ou dois estados cumprirem e outros não”, defendeu.