O governador Wellington Dias reuniu-se, nesta segunda-feira (30), com o presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Piauí (Fapepi), Antônio Amaral; o presidente da Agência de Fomento, Luís Carlos Everton Farias e o professor da Universidade Federal do Delta do Parnaíba (UFDPar) e fundador da startup de robótica Tron, Gildário Lima. Na oportunidade, o chefe do executivo estadual foi apresentado ao Programa de Desenvolvimento Empreendedor do Piauí, o StartuPI, cujo objetivo é desenvolver um ambiente empreendedor no Estado. A iniciativa prevê a criação de um um ecossistema empreendedor por meio de ações de incentivos financeiros, financiamentos e compra de capital social de startups que fazem parte do cenário local.

“Temos um grupo de trabalho que busca encontrar caminhos para uma área nova, de desenvolvimento de software, de startups, e, ao mesmo tempo, estamos trabalhando em como adequar a política atual a esse caminho da inovação, da tecnologia, que já é desenvolvida para pequenos empreendedores. Por exemplo, é possível financiar pequenos nesse modelo de startup. Isso já é uma realidade no Piauí e esse caminho tem um futuro promissor”, destacou Wellington Dias. 

O programa funcionará em três fases: o ponto de partida, chamado de Ideia, tem início nas pesquisas a serem financiadas pela Fapepi. A segunda fase é a Fábrica, com a estruturação, máquinas e ambientes para o desenvolvimento da tecnologia em padrões de mercado com linhas de crédito pelo Fundo de Desenvolvimento Industrial do Estado do Piauí (Fundipi). A terceira fase é o Mercado, que terá o apoio da Piauí Fomento, com capital de giro, eventos, tração de mercado, insumos, estoque e avaliação de mercado.

“Recentemente, com a pandemia, o Governo do Estado se aproximou mais da necessidade de se investir em tecnologias e startups. Então, a discussão foi de como aprender com esses exemplos e como o governo pode criar novas políticas práticas que ajudem startups a desenvolverem tecnologias para que possam ser aplicadas de forma emergencial no próprio estado”, apontou o professor Gildário Lima.

Esse é um programa pioneiro no Nordeste e que já vem apresentando resultados pós-pandemia, com o desenvolvimento de produtos como respirados e Equipamentos de Proteção Individual (EPIs). “Estamos trabalhando com a Tron, que desenvolve pesquisa e estudos, e já desenvolveu produtos que foram autorizados na produção de equipamentos hospitalares. O resultado disso é o que gera de royalties desses produtos, como respirador, máscara cirúrgica. Agora, estamos trabalhando outros produtos a fim de garantir a geração de royalties para alimentar o próprio fundo de pesquisa que é administrado pela Fapepi. Temos ainda a condição de trabalhar a indústria propriamente, por meio do Fundo de Desenvolvimento Industrial do Piauí. O objetivo também é encontrar um caminho para o financiamento, subsídio e participação”, ressaltou Wellington Dias.

O gestor estadual frisou ainda os entraves da legislação atual que não compreendem os modelos de startups, pautadas na economia criativa. “Talvez tenhamos que alterar a legislação, principalmente nessa área da participação, na qual o Estado vai poder, até um determinado limite, entrar na sociedade. Isso vai valer para muitos outros produtos que o Piauí tem grande potencial. É estimular a organização, a criação, o funcionamento, a geração de produtos, de faturamento, de emprego, de renda, dentro do Piauí com o que o Piauí tem potencial para o Nordeste e para o Brasil”, finalizou Dias.