O Governo do Estado lançou, nesta quarta-feira (20), no Palácio de Karnak, a Campanha 16 Dias de Ativismo – pelo fim da violência contra a mulher. A iniciativa é uma mobilização anual, praticada simultaneamente por diversos atores da sociedade civil e poder público engajados na defesa da mulher. Desde sua primeira edição, em 1991, a ação já teve a adesão de cerca de 160 países.

No Piauí, o projeto é encabeçado pela Coordenadoria da Mulher, com o apoio de todos os órgãos estaduais. “A partir de amanhã (21), começaremos a visitar diversos municípios dialogando com a sociedade e realizando o trabalho de enfrentamento à violência. Serão ações simultâneas dos órgãos e estaremos juntos indo nos lugares onde de fato precisam de informação sobre o tema. A justiça acontece quando saímos da nossa zona de conforto para falar, denunciar, orientar, reunir homens e mulheres no combate a violência física e psicológica”, disse a coordenadora da Mulher, Zenaide Lustosa.

“Quando falamos em violência contra a mulher, não se trata apenas o espancamento e assassinato, mas quando se queimam um terreiro de uma mãe de santo e não deixam as mulheres ocuparem os espaços que lhes é de direito. Portanto, temos que ampliar esse conceito para poder enfrentar todos os tipos de repressões a nós mulheres. Hoje, também é dia para falar do preconceito racial. A cada cinco pessoas resgatadas dos trabalhos análogos ao escravo, quatro são negras. A memória escravocrata ainda está presente na nossa sociedade, o que é inadmissível”, destacou a governadora Regina Sousa.

Prêmio Antônia Flor de Direitos Humanos

No Dia da Consciência Negra, comemorado em 20 de novembro, a governadora em exercício, Regina Sousa, assinou o decreto que institui o Prêmio Antônia Flor de Direitos Humanos. A homenagem será concedida pelo Governo do Estado à pessoas físicas e jurídicas –instituições estatais e organizações da sociedade civil – que mereçam destaque por sua atuação nas áreas de promoção e defesa dos direitos humanos no Piauí.

O nome do prêmio presta homenagem à Antônia Flor, uma mulher que lutou até o fim dos seus dias pelo direito à terra no Piauí. Ela foi assassinada no dia 1º de dezembro de 1984, na comunidade Gameleira, município de Piripiri, aos 80 anos de idade, e entrou para a história da reforma agrária.