Diante da pandemia do novo coronavírus, o Instituto de Assistência à Saúde dos Servidores Públicos do Estado do Piauí (Iaspi) e o Sindicato dos Hospitais, Clínicas, Casas de Saúde, Laboratórios de Pesquisa e Análises Clínicas do Estado do Piauí (Sindhospi) se reuniram e deliberaram, em comum acordo, a suspensão imediata dos atendimentos eletivos, como cirurgias, exames e consultas, pelo prazo de 15 dias, com o cancelamento daqueles já autorizados na rede privada.

A medida tem como objetivo reduzir a possibilidade de transmissão do vírus, além de aumentar a disponibilidade de leitos para o atendimento de casos suspeitos ou confirmados. Com a paralisação do atendimento de cirurgias eletivas, evidentemente, a tendência é liberar os leitos, disponibilizar mais leitos de UTI, leitos de enfermarias e apartamentos para a população.

O Iaspi e o Sindhospi também discutiram diretrizes para o atendimento de pessoas com suspeita de infecção pelo novo coronavírus. As medidas dizem respeito à identificação de caso suspeito, isolamento, notificação, transporte e controle do ambiente assistencial.

“Os próprios diretores de hospitais estão preocupados em conscientizar a população a ficar em casa, a adiar consultas e exames eletivos, a adiar visita ao médico para exame de chekup, tentando realmente evitar a propagação desse vírus. É um vírus novo, ainda não conhecemos ao certo o comportamento dele ao qual a população está sendo exposta pela primeira vez. Os próprios diretores querem desafogar os ambulatórios, qualquer exame de rotina pode aguardar três a quatro meses sem problema”, orienta a diretora do Iaspi, Daniele Aita.

Prevenção

Para garantir a preservação da integridade física e saúde de servidores e usuários do instituto, a diretora-geral do Iaspi, Daniele Aita, baixou portaria esta semana com a adoção de medidas que incluem a liberação do trabalho de pessoas acima de 65 anos, redução do número de senhas para atendimento presencial, suspensão de exames e cirurgias eletivas e a adoção de trabalho em regime de rodízio e teletrabalho, como preferencial no âmbito do instituto.

Até 31 de março estão suspensas cirurgias, internações e exames médicos e odontológicos eletivos, mantidas as internações e exames médicos e odontológicos de urgência. A portaria estabelece  também que os setores do instituto funcionem com o mínimo de servidores e estagiários necessários ao atendimento presencial, em sistema de rodízio de horários, sem prejuízo da adequada prestação dos serviços, cabendo à chefia imediata determinar os critérios para a realização desse rodízio.

Também está determinado que a Diretoria Administrativa, por meio da Coordenação de Serviços Gerais, deve adotar as medidas necessárias para  intensificar a limpeza dos banheiros, elevadores, corrimãos, maçanetas e demais objetos de uso comum e as Gerências do Plamta e do Iaspi Saúde, em conjunto, devem orientar o uso de Equipamento de Proteção Individual (EPI), máscara descartável, pelos servidores que estão em atendimento ao público externo como medida necessária para evitar o contágio pela Covid-19.

As medidas previstas na portaria serão revistas sempre que necessário, caso haja regressão ou evolução da situação de Saúde Pública.