O Laboratório Central de Saúde Pública do Piauí (Lacen) já contabilizou 100.251 exames RT-PCR para identificar o novo coronavírus. O método é classificado como padrão ouro para detectar infecção.

“A análise de biologia molecular é considerada padrão ouro por identificar a presença do SARS-CoV-2, vírus causador da Covid-19, em amostras de secreções das vias respiratórias (do nariz e garganta) dos casos suspeitos. Assim que chegam ao laboratório, essas amostras passam por diferentes estágios de preparação e extração do material genético das moléculas (RNA) até chegar à etapa final do processo”, explica a diretora técnica do Lacen, Marcela Queiroz.

Lacen

No Piauí, os exames começaram a ser feitos em março, quando os primeiros casos da Covid-19 apareceram no estado. Por dia, o laboratório faz em média de 800 a 1.000 testes. A unidade funciona 24 horas e disponibiliza o resultado dos exames em até 48 horas.

Lacen

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“No início da pandemia, a capacidade operacional instalada era de 500 exames dia. Após a Secretaria da Saúde adquirir um extrator automático, a capacidade do laboratório aumentou para mil exames dia, passando a fazer mais extrações e em menor tempo. Outros investimentos ainda serão feitos pela Sesapi no laboratório”, lembra o secretário de Estado da Saúde, Florentino Neto.

No laboratório, além do RT-PCR também é realizado o exame sorológico por quimioluminescência em profissionais de saúde.  O teste sorológico apresenta uma maior sensibilidade e maior especificidade em relação aos demais testes. Ao entrar em contato com o material coletado dos pacientes, o reagente começara a emitir uma luminosidade que irá variar de intensidade dependendo da quantidade de anticorpos presente na amostra. Quanto maior a intensidade, mais anticorpos o indivíduo possuirá, indicando a presença ou não do vírus.

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“No momento esse exame ainda está restrito aos profissionais da saúde. Ele serve para detectar se a pessoa já desenvolveu anticorpos contra a infecção. Estamos em processo de aquisição de novos equipamentos para que possamos disponibilizar esse teste para a população em geral”, destaca Marcela Queiroz.