O governador Wellington Dias participou, nesta quarta-feira (22), da inauguração do primeiro Centro de Acolhimento e Isolamento Social (Cais), montado na Unidade Escolar Gabriel Ferreira, antigo Anísio Teixeira, no bairro Vermelha, em Teresina. Com capacidade para acolher até 70 pessoas, o espaço foi adaptado para receber pacientes com sintomas leves da doença encaminhados pelas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) mais próximas.

O objetivo é possibilitar aos moradores contaminados o isolamento social, de forma que o vírus não se espalhe na comunidade, o que é fundamental para desafogar a rede de atendimento do Sistema Único de Saúde (SUS). No espaço, os acolhidos terão o apoio de assistentes sociais, cuidadores e acompanhamento médico via telemedicina. Também receberão cinco refeições por dia preparadas por fornecedores locais – com geração de renda para a comunidade – e roupas obtidas por doações.

O Cais é uma iniciativa do projeto Todos pela Saúde, lançado pelo Itaú Unibanco e está sendo realizado no Piauí com a Fazenda da Paz e apoio da Secretaria de Estado da Educação (Seduc) e Fundação Municipal de Saúde (FMS). A escola é um dos oito centros de acolhimento que estão sendo abertos no país, em estados como Rio de Janeiro, Pernambuco, Alagoas, Ceará, Rio de Grande do Sul e Paraíba. O projeto visa ofertar até 1.685 leitos e o investimento total será de R$ 30 milhões.

Segundo Wellington, o projeto chega para atender uma necessidade da capital. “Sou grato por essa parceria com o Itaú e supre uma necessidade nossa, acolhendo pessoas que têm a Covid-19. Embora sejam casos leves, existe o risco da transmissibilidade no seu convívio. Muitas dividem o espaço em que vivem com outras pessoas da família e não podem ter um quarto exclusivo para fazer o isolamento adequado. Com o Cais, podemos possibilitar esse tratamento e garantir todo o atendimento para que essas pessoas passem por esse período de quarentena em condições dignas”, afirmou Dias.

De acordo com a vice-governadora Regina Sousa, que é coordenadora do projeto no Piauí , há a possibilidade de ampliação. “Isso vai depender da demanda que teremos. Pode acontecer de alguns que forem encaminhados para cá não queiram ficar e nós não obrigamos ninguém a cumprir as medidas, mas o ideal é que fiquem e façam o tratamento correto. Caso as pessoas que queiram ficar sejam muitas, estaremos prontos para acolher. É uma iniciativa importante voltada para as pessoas que mais necessitam”, disse Regina.

Ficarão disponíveis para o atendimento e monitoramento dos pacientes, enfermeiras e cuidadores. “Aqui, as pessoas que não têm condições de cumprir o isolamento em casa vão poder ficar por um período de 14 dias, sem contaminar ninguém da família, recebendo alimentação, dispondo de ambulância, tendo acesso à internet e com todo o acompanhamento necessário”, ressaltou Célio Barbosa, fundador e coordenador da Fazenda da Paz, instituição escolhida para administrar o projeto.

A iniciativa ainda deixará um legado pós-pandemia, com as adaptações feitas no espaço. “Toda a reforma será reaproveitada por alunos e colaboradores. Aqui a estrutura foi modificada, novos ambientes criados e câmeras foram implantadas para uma maior segurança. Para nossa rede restará uma escola belíssima para receber de volta os alunos, que passarão a contar com um ambiente totalmente adaptado para a prática pedagógica de excelência”, pontuou Ellen Gera, gestor da Seduc, órgão que cedeu a escola para a realização do projeto.