O governador Wellington Dias demonstrou preocupação quanto ao fornecimento dos insumos para a produção das vacinas contra a Covid-19 no Brasil, o que, segundo ele, pode acarretar em dificuldades no cumprimento do cronograma de vacinação, com risco de grave prejuízo à saúde coletiva. Como presidente do Consórcio Nordeste, Wellington encaminhou ao presidente Jair Bolsonaro e ao Ministério da Saúde ofícios com pleitos relativos ao processo de imunização no país.

Wellington salientou nos ofícios a importância para o país da aquisição dos Insumos Farmacêuticos Ativos (IFAs) previstos em contrato e necessários à produção de 100 milhões de doses da vacina CoronaVac, produzidas pelo Instituto Butantan, bem como à produção de 100 milhões de doses vacina da Oxford/AstraZeneca, desenvolvida em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), totalizando 200 milhões de doses, segundo o governador, as quais seriam essenciais para vacinação de aproximadamente metade da população brasileira.

As solicitações se referem ainda à celebração de contrato de compra do total de vacinas CoronaVac já produzidas pelo Butantan, assim como o estabelecimento de acordo visando à apresentação do cronograma para a entrega das próximas doses, o que propiciaria aos estados e municípios maior capacidade de planejamento na vacinação. Caso não seja possível, o governador pleiteia a viabilização da opção de compra por parte dos estados brasileiros.

Quanto à remessa de 3,2 milhões de doses da vacina CoronaVac, prevista para ocorrer no dia 3 de fevereiro, Wellington solicita ao Ministério da Saúde a apresentação de cronograma de entregas a partir dessa data. “Queremos que as entregas sejam concluídas nas 27 unidades da federação até o dia 7 de fevereiro. Além disso, solicitei autorização para utilização das vacinas que, já disponibilizadas, se encontram reservadas para a segunda dose, a fim de ampliar as condições de atender toda a demanda programada para o público prioritário”, disse Dias.

O governador manifestou preocupação quanto às dificuldades financeiras enfrentadas pelo Ministério da Saúde, cujo orçamento atual sofreu redução de R$ 43 bilhões em relação ao ano de 2020. Nesse sentido, ele sugere manter a proporção de receitas correspondentes ao exercício de 2019, de forma a assegurar recursos necessários para que os entes federados possam arcar com despesas próprias no enfrentamento da crise sanitária.

Wellington também solicitou ao embaixador da República Popular da China no Brasil, Yang Wanming, a realização de videoconferência no dia 5 de fevereiro, às 10h30, com o Fórum dos Governadores do Brasil e Consórcio Nordeste, para tratar de ações que visem agilizar os procedimentos para garantir os Insumos Farmacêuticos Ativos (IFA) para vacinas e garantir o cronograma e continuidade do programa de vacinação do território brasileiro.