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Agricultoras de Jacobina do Piauí participam de intercâmbio promovido pela SAF para iniciar produção de mel de abelhas sem ferrão

Atividade busca estimular o protagonismo feminino na meliponicultura, prática que também contribui para a preservação da biodiversidade.

Um grupo de 15 mulheres agricultoras familiares de Jacobina do Piauí participou, nesta terça-feira (6), de uma atividade diferente. Elas vieram a Teresina para um intercâmbio voltado ao aprendizado sobre o manejo e cultivo de abelhas sem ferrão, com o objetivo de conhecer a meliponicultura — produção de mel por essas espécies — e assim diversificar a renda de suas famílias.

A iniciativa foi promovida pela Secretaria da Agricultura Familiar (SAF), em parceria com a Associação de Meliponicultores do Estado do Piauí (AME-PI). As participantes integram a Associação de Mulheres de Jacobina Flor de Mandacaru e visitaram o meliponário Amorim Abelhas, localizado no bairro Morros, zona Leste da capital.

Agricultoras familiares aprendem sobre meliponicultura em intercâmbio promovido pela SAF (Foto: Geirlys Silva / SAF)

Além de gerar novas oportunidades econômicas, a meliponicultura também desempenha um papel importante na preservação ambiental. Durante o encontro, o presidente da AME-PI, Raimundo Amorim, e a bióloga Sandra Sousa ministraram uma palestra e uma atividade prática, abordando temas como a importância da atividade para o meio ambiente, técnicas de manejo, identificação de espécies e possibilidades de empreendedorismo.

De acordo com Alionardo Santiago, diretor de Fomento a Cadeias Produtivas da SAF, o intercâmbio foi organizado a partir de uma demanda da associação, que buscava apoio para desenvolver um projeto de meliponicultura.

“A secretária Rejane Tavares acolheu a solicitação e recomendou que o grupo conhecesse de perto a atividade, com quem já possui experiência, para entender melhor as oportunidades que ela oferece — tanto para a geração de renda quanto para a preservação ambiental”, explicou.

Meliponário na zona leste de Teresina (Foto: Geirlys Silva / SAF)

Raimundo Amorim destacou que o intercâmbio foi pensado para que as agricultoras pudessem replicar o aprendizado em Jacobina do Piauí, trabalhando não apenas com a produção de mel, mas também com outros produtos derivados.

“O foco é que elas entendam o funcionamento da atividade e possam levar para sua região, trabalhando não só com o mel, mas com outros produtos como própolis, cerume e samburá. Além disso, puderam conhecer as caixas onde as abelhas sem ferrão constroem suas colônias e, a partir dos conhecimentos adquiridos, fazer um levantamento das espécies existentes na região”, relatou.

Colmeia de tiúba, espécie de abelha sem ferrão nativa do Piauí (Foto: Geirlys Silva / SAF)

A bióloga Sandra Sousa ressaltou a importância da iniciativa voltada para mulheres, destacando o protagonismo feminino na meliponicultura.

“Na colônia de abelhas, todo o trabalho é realizado pelas fêmeas: da coleta de recursos à produção e defesa da colônia. Por isso, é tão simbólico e necessário incentivar a participação das mulheres nessa atividade, que antes atuavam apenas como auxiliares de seus companheiros e agora podem ser protagonistas, empreendendo e gerando renda”, afirmou.

Foto: Geirlys Silva / SAF

A agricultora Jucirene Sousa, participante da oficina, voltou animada para Jacobina do Piauí e já planeja iniciar a atividade.

“Aprendemos sobre os cuidados e o manejo, que é bem mais tranquilo do que com abelhas com ferrão. Podemos criar perto de casa, com a família, sem tantas preocupações. Como já trabalhamos com apicultura, achamos interessante começar também com a meliponicultura”, comentou.

Foto: Geirlys Silva / SAF

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