A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Piauí (Fapepi) e a Secretaria de Estado da Defesa Civil (Sedec) discutem uma parceria estratégica para a realização de um amplo mapeamento das áreas de risco em todo o território piauiense. A iniciativa foi pauta de uma reunião realizada nesta segunda-feira (19), na sede da Fapepi, com a presença do diretor de Prevenção da Defesa Civil, Werton Costa, do presidente da fundação, João Xavier, e do diretor técnico-científico da Fapepi, Pedro Soares.
O projeto prevê a utilização de conhecimento científico e tecnológico como base para identificar e classificar as regiões do estado mais suscetíveis a desastres naturais, como enchentes, deslizamentos, estiagens e outros eventos extremos. A expectativa é que o levantamento oriente políticas públicas de prevenção e mitigação de riscos, promovendo maior segurança para as populações vulneráveis.

Durante a reunião, Werton Costa destacou a importância da união entre ciência e gestão de risco: “É muito importante frisar que a Fapepi ocupa uma posição estratégica na produção da ciência cidadã, aquela que cumpre com a função social e transforma vidas. Nós sabemos que a defesa civil é a gestora de riscos e desastres, mas, para uma política pública de proteção e defesa eficiente, a gente precisa conhecer o nosso ‘inimigo’, que é o risco. Daí estamos unindo esforços para executar a mais ampla ação de mapeamento de risco no estado do Piauí. Até porque mapeamento de risco é condição ‘sine qua non’ para organização da defesa civil, e defesa civil organizada é sinônimo de população protegida!”
Segundo o presidente da Fapepi, João Xavier, a parceria representa mais uma aplicação direta da ciência em benefício da sociedade. “A Fundação tem investido em projetos que resultem em impactos sociais concretos, e esse trabalho conjunto com a Defesa Civil será essencial para reduzir vulnerabilidades e salvar vidas”, afirmou.

A iniciativa buscará integrar pesquisadores e instituições acadêmicas do estado, garantindo uma abordagem técnica e territorialmente sensível ao projeto.O mapeamento deve reunir dados geográficos, históricos e ambientais e poderá resultar em um banco de informações atualizado e acessível para uso tanto do poder público quanto das comunidades locais, fortalecendo o sistema de defesa civil em todo o estado.