A Casa da Mulher Brasileira (CMB) é um equipamento de enfrentamento à violência contra as mulheres no Brasil e Piauí. Criada com o objetivo de oferecer atendimento humanizado e integrado, a instituição funciona como um ponto de acolhimento e escuta, onde as mulheres em situação de violência doméstica ou familiar encontram apoio psicológico, social e jurídico para que possam romper o ciclo de violência doméstica.

Em Teresina, a Casa da Mulher Brasileira tem a gestão compartilhada com o governo federal, Estado e Município, o que contribui para um trabalho mais integrado com a rede de proteção às mulheres no estado. A casa fica localizada na Avenida Roraima, 2563, bairro Aeroporto, zona norte de Teresina, e funciona 24 horas por dia, incluindo fim de semana e feriados.

O processo de acolhimento inicia no momento em que a mulher chega à unidade. A partir daí, uma equipe multidisciplinar realiza o primeiro atendimento, garantindo escuta qualificada, sigilosa e sem julgamentos. O objetivo é compreender a situação de violência vivenciada e oferecer as medidas de proteção.

“A mulher pode chegar à Casa da Mulher Brasileira tanto por demanda espontânea quanto encaminhada pela rede de atendimento. Assim que chega, ela é acolhida por uma equipe psicossocial especializada, formada por psicóloga e assistente social. Se desejar, ela pode registrar o boletim de ocorrência, solicitar medidas protetivas ou, caso esteja em risco iminente, ser acolhida no alojamento de passagem, disponível para ela e seus filhos”, explica a coordenadora estadual da casa, Andrea Bastos.

O grande diferencial da casa é reunir, em um único espaço, os principais serviços especializados de atendimento à mulher em situação de violência. No local, elas têm acesso à Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam), Ministério Público, Defensoria Pública, atendimento psicossocial, alojamento de passagem, apoio para inserção no mercado de trabalho, emissão da carteira de trabalho, além de orientações sobre seus direitos.

“Se essa mulher estiver fora do mercado de trabalho, ela será encaminhada para o serviço de promoção da autonomia econômica, que também funciona dentro da casa. Tudo isso com o objetivo de garantir um acolhimento completo, seguro e eficiente, fortalecendo a rede de enfrentamento à violência contra a mulher”, destaca Andrea Bastos.

Todo o processo é guiado pela perspectiva de autonomia e reconstrução da vida da vítima, respeitando suas decisões e promovendo o acesso à rede de proteção. A articulação entre os serviços presentes na Casa da Mulher Brasileira possibilita um atendimento ágil e efetivo, contribuindo para a interrupção do ciclo de violência e a construção de um novo projeto de vida para as mulheres.

“Ao concentrar os serviços em um só espaço, aumentamos as chances de que ela não desista do processo de denúncia e enfrente a situação com apoio e segurança”, finaliza a coordenadora estadual da CMB de Teresina.

A Secretaria das Mulheres reforça o compromisso de garantir que todas as mulheres, especialmente as em situação de vulnerabilidade, tenham acesso a um acolhimento digno, seguro e transformador.