Com mais de 2,3 milhões de atendimentos desde 2008 (sendo 55 mil somente em 2025), o Centro Integrado de Reabilitação (Ceir), em Teresina, tem impactado positivamente a vida de milhares de piauienses com deficiência física, auditiva e intelectual. A instituição, vinculada ao Governo do Estado por meio da Secretaria de Saúde (Sesapi), é hoje uma referência nacional em reabilitação humanizada, com certificação ONA (Organização Nacional de Acreditação) Nível 1 — um selo de qualidade e segurança nos serviços prestados.
A dona de casa Aldilene Mendes é amputada e frequenta fisioterapia aquática no Ceir. Para ela, a terapia melhorou muito sua qualidade de vida. “Melhora bastante a minha qualidade de vida, até a questão psicológica. Quando eu saio daqui, saio com o corpo relaxado e a mente mais calma. Durmo melhor, me sinto mais forte, mais útil, mais capaz”, afirma, emocionada.

Aldilene também destaca o acolhimento dos funcionários. “Eles tratam a gente como pessoas. A gente mesmo, por ser deficiente, acaba se excluindo. E aqui, não. Aqui a gente é tratada com respeito, com dignidade”.
A fisioterapeuta Viviane Sales, que acompanha Aldilene, explica como tem sido a evolução da paciente. “Ela chegou aqui sem conseguir ficar em pé, com déficit de força. Hoje ela já consegue equilíbrio dentro da água. O trabalho aquático permite que ela conquiste habilidades que ainda não consegue fora. É muito gratificante para mim, enquanto profissional, ver essa transformação”, diz.

Acolhimento e atendimento multidisciplinar
O CEIR possui equipes multidisciplinares, cujo trabalho vai além da recuperação física. O acolhimento é fundamental, segundo os profissionais e os próprios pacientes.
É o caso de crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA), por exemplo, onde a atenção começa com o acolhimento das famílias, que participam de um curso com psicólogos, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais e outros profissionais. “Esse é um momento importante para entender o diagnóstico e traçar juntos as estratégias de cuidado”, afirma a psicóloga Natália Vidal.
“Iniciamos com crianças que não socializam, não se comunicam, e ao longo do tempo, vemos avanços importantes. É extremamente gratificante ver uma criança que antes não verbalizava começar a se expressar, interagir com o mundo ao redor”.
Pacientes e familiares elogiam serviços do CEIR
Antonieta Dalva Ribeiro, avó de Artur, de 5 anos, se emociona ao falar da mudança no neto. “Ele não aceitava se comunicar, não interagia. Hoje, já verbaliza. É uma evolução boa, real”, diz.

Patrícia Avelar, mãe de Davi, de 7 anos, conta com orgulho que o filho aprendeu a andar e falar no CEIR, mesmo diante de diagnósticos que apontavam o contrário. Ele tem uma síndrome rara – variante de Dandy-Walker, além de Transtorno do Espectro Autista (TEA), Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) e Transtorno Opositivo-Desafiador (TOD).
“Disseram que ele talvez nunca andasse nem falasse. Mas aqui ele deu seus primeiros passos e começou a falar. O CEIR é tudo para a gente”, diz Patrícia.
Reconhecimento nacional
O gerente de reabilitação do CEIR, Leonardo Celestino, que trabalha no local desde a inauguração, diz que a certificação ONA é o reconhecimento da excelência dos serviços. 17 anos na instituição e viu de perto o crescimento do centro.

“Receber a certificação ONA Nível 1 foi um marco. É uma felicidade imensa contribuir com a transformação de tantas vidas. O CEIR é mais que um centro de reabilitação — é um espaço de esperança, acolhimento e superação”, conclui.
A certificação ONA Nível 1 é entregue pela Organização Nacional de Acreditação (ONA), entidade sem fins lucrativos que certifica a qualidade dos serviços de saúde no Brasil, com foco na segurança do paciente.