A coordenadora do Pacto pelas Crianças do Piauí, Isabel Fonteles, recebeu, nesta quarta-feira (22), na sede do programa, o diretor-geral do Instituto de Terras do Piauí (Interpi), Rodrigo Cavalcante, acompanhado de sua equipe técnica, para uma reunião estratégica sobre a promoção e proteção dos direitos da primeira infância em comunidades tradicionais do estado.
O encontro teve como objetivo principal estabelecer parcerias e alinhar ações que garantam o acesso das crianças quilombolas, indígenas e de outras populações tradicionais e socialmente fragilizadas a políticas públicas integradas e eficazes.

A conversa reforçou o papel do Interpi na identificação dos territórios mais vulneráveis e na disponibilização de dados relevantes que podem apoiar o planejamento e a execução de ações intersetoriais em prol da infância.
Participaram da reunião a diretora de Gestão Fundiária e Interesse Social do Interpi, Claricinda Moura Jesuíno, e o diretor de Povos e Comunidades Tradicionais, Saulo Lopes, que apresentaram à coordenação do Pacto um acervo de informações estratégicas sobre as populações atendidas pelo instituto, com foco nas regiões onde vivem as crianças mais vulneráveis do estado.

“É fundamental que nossas políticas públicas cheguem onde as desigualdades persistem. Com o apoio do Interpi, podemos localizar essas infâncias invisibilizadas e garantir a elas direitos básicos como educação, saúde e proteção”, destacou Isabel Fonteles.
Durante o encontro, Rodrigo Cavalcante enfatizou o caráter social e reparador das ações do Interpi, que vão além da regularização fundiária:
“A missão do instituto é, antes de tudo, garantir dignidade. Quando asseguramos o direito à terra para povos e comunidades tradicionais, estamos abrindo caminho para o acesso a todos os demais direitos – e proteger a infância é um compromisso inadiável que precisa chegar também a esses territórios”, afirmou o diretor-geral.

Criado em 1980, o Interpi é a autarquia responsável pela execução da política de regularização fundiária em áreas rurais do estado. Sua atuação já beneficiou milhares de famílias com títulos definitivos de propriedade, tornando-se referência nacional na regularização de territórios de povos e comunidades tradicionais, especialmente após a vigência da Lei nº 7.294/2019.
A articulação entre o Pacto pelas Crianças do Piauí e o Interpi representa um avanço significativo na construção de estratégias interinstitucionais para garantir que nenhuma infância seja negligenciada.