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Pesquisa avalia impacto financeiro da tuberculose em famílias piauienses

No Piauí, a ação está acontecendo em Parnaíba, e em setembro será em Teresina.

Equipes do Ministério da Saúde, em parceria com a Secretaria de Estado da Saúde do Piauí (Sesapi), estão conduzindo uma pesquisa sobre os chamados “custos catastróficos” relacionados à tuberculose (TB). O estudo tem como objetivo avaliar a magnitude, a natureza e os principais fatores que contribuem para os gastos enfrentados por pessoas acometidas pela doença e seus familiares.

A pesquisa também faz parte do monitoramento global da Organização Mundial da Saúde (OMS) e está sendo aplicada simultaneamente em outros países que adotam a mesma metodologia, contribuindo para os esforços internacionais pela erradicação da tuberculose. No Piauí, a ação está acontecendo em Parnaíba, e em setembro será em Teresina.

A tuberculose é uma doença infecciosa causada pela bactéria mycobacterium tuberculosis, que atinge principalmente os pulmões, é um problema de saúde pública em nível global. No Piauí, foram registrados 1.049 casos em 2022. Em 2023, houve um aumento, com 1.147 casos notificados. Já em 2024, até o momento (dados parciais até 30 de outubro), o estado contabiliza 1.074 casos.

Foto: Ascom Sesapi

Em escala mundial, a tuberculose gerou 10,6 milhões de novos casos e 1,1 milhão de mortes em 2022. O Brasil está entre os 30 países com maior número de casos, incluindo coinfecções com HIV. Um dos objetivos globais estabelecidos é eliminar os “custos catastróficos” enfrentados pelas famílias afetadas, ou seja, gastos que ultrapassam 20% da renda familiar anual devido ao tratamento da doença.

A supervisora do Programa de Tuberculose da Sesapi, Ivone Venâncio, destaca a importância do levantamento. “O estudo visa atualizar os dados epidemiológicos para subsidiar a formulação de políticas públicas mais eficazes. Os custos catastróficos incluem não apenas despesas médicas diretas, como transporte e alimentação, mas também perdas indiretas, como a renda não obtida durante o tratamento. Isso é especialmente grave entre pacientes com formas resistentes da doença”, ressalta.

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