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Enfrentamento à violência contra a mulher é debatido em ação no bairro Ilhotas

A Secretaria de Estado das Mulheres (Sempi) participou da ação a convite da associação de mulheres do bairro.

Em encontro promovido pela Associação de Mulheres do Bairro Ilhotas (AMBI) na segunda-feira (11), a Secretaria de Estado das Mulheres (Sempi) abordou sobre os diversos tipos de violência doméstica de que trata a Lei Maria da Penha, bem como estratégias de enfrentamento. O evento reuniu mulheres e meninas da comunidade, proporcionando um espaço seguro para discutir o assunto.

Durante as conversas, foram exploradas as trajetórias percorridas por mulheres que buscam romper com o ciclo da violência, desde o momento em que encontram coragem para quebrar o silêncio até o processo judicial, considerando aspectos criminais e cíveis.

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A AMBI, que atende continuamente cerca de 30 famílias, vai além de oferecer cestas básicas e itens essenciais de vestimenta e higiene. A associação também se empenha em fortalecer e capacitar as mulheres por meio de cursos, especialmente voltados para o empreendedorismo, visando o empoderamento financeiro. Como parte desse compromisso com o empoderamento, a AMBI solicitou à Secretaria de Estado das Mulheres (Sempi) uma abordagem sobre violências contra as mulheres e os mecanismos disponíveis para enfrentá-las. Essa colaboração busca conscientizar da importância do apoio mútuo no combate a violência de gênero, promovendo uma comunidade mais resiliente e empoderada.

De acordo com a coordenadora da Rede de Atendimento às Mulheres Vítimas de Violência, Jahyra Sousa, as violências de gênero não escolhem um tipo de mulher; todas estão passíveis de sofrê-las, pois os autores se fundamentam na ideia de que homens são e podem mais que as mulheres, inclusive, sobre elas. Jahyra Sousa aponta, no entanto, que há maior incidência entre o público de maior vulnerabilidade social.

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“Mulheres que se encontram em contextos sociais de maior vulnerabilidade estão mais sujeitas a continuar nos ciclos de violência por questões de dificuldade de acesso à informação (portanto à desconstrução da ideia de que homens podem mais e sobre as mulheres) e dependência financeira. Falar diretamente com essas mulheres, problematizar as relações de dominação e, principalmente, instrumentalizá-las com os órgãos de atendimento que estão disponíveis é de grande valia para o enfrentamento à violência”, explicou a coordenadora.

Ainda de acordo com ela, o papel das associações nessa busca por informação é de relevante destaque, pois são quem conhecem o dia a dia e realidade de cada mulher e podem, inclusive, a partir de espaços problematizadores, como as rodas de conversa, continuar o diálogo e fortalecimento de cada mulher para que se preparem para conseguir romper com os ciclos de violência.

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